
Preocupado com a liquidez da sua Empresa? Um bom Orçamento de Tesouraria é o primeiro passo.
Outubro 31, 2022
Os Resultados foram muito positivos, especialmente em comparação com 2021. As receitas cresceram 50% e a Margem Bruta manteve-se estável apesar da inflação, o que contribuiu para um dos melhores resultados de sempre. Com indicadores tão positivos, não deverá faltar dinheiro à empresa, certo?
Muitos Gestores viverão esta realidade no primeiro trimestre do próximo ano, quando Contabilistas e Consultores apresentarem, com confiança, os resultados de 2022 aos seus Clientes. O problema é que EBITDAs, Margens e até serviços da dívida estão longe de contar a história toda. Falta o indicador mais importante de todos: quanto dinheiro liberta o negócio?
Como as analepses nos filmes, esta é a conclusão de uma história que começa 1 ano antes quando a empresa se começou a preparar para o previsto aumento das vendas. Depois de 2 anos de dificuldades aliviadas pelas escassas ajudas do Estado, moratórias bancárias e redução de custos fixos, o fim das medidas de combate à pandemia prometia um crescimento de vendas sem paralelo na história da empresa. "Estarão por fim ultrapassadas as dificuldades financeiras", referia o Consultor optimista.
Porém, o negócio depende da manutenção de um stock médio elevado, o que significa que o crescimento das vendas pode ter um impacto directo no aumento das necessidades de fundo de maneio. Quanto mais vende, maior a necessidade de recursos financeiros de curto prazo para suportar esse crescimento.
A falta de um Planeamento Financeiro pode transformar um ano comercialmente positivo num pesadelo para os Gestores de algumas Empresa, isto porque o aumento das encomendas a fornecedores cria uma pressão forte sobre a tesouraria, apesar do correspondente aumento das vendas. Facilmente os prazos de pagamento aumentam e as relações com parceiros de longa data deterioram-se. Quase sempre, o remédio passa pela contratação de financiamentos de curto prazo em condições muito desvantajosas por não ter sido planeado com a devida antecedência.
Esta é uma versão da história feliz porque, apesar da perda de muito valor devido à falta de Planeamento Financeiro, a empresa consegue financiar-se. Muitas outras poderão ver comprometida a sua solvência.
O que pode ser diferente?
Mais que resultados positivos, uma empresa depende da sua capacidade em gerar cash flow, liquidez. Empresas com fácil acesso a financiamento conseguem suportar longos períodos de crescimento mesmo tendo ciclos de tesouraria negativos, mas essa não é a realidade da maioria das PMEs Portuguesas.
Seja qual for a conjuntura, as Empresas devem contar com um Orçamento de Tesouraria actualizado em continuo, que permita estimar a evolução da tesouraria a curto e longo prazo. Apenas desta forma é possível antecipar rupturas de liquidez, optimizar as políticas de financiamento e investimento e tomar decisões conscientes que aumentem o retorno financeiro da empresa.
Numa outra versão da história, o Consultor apresenta os Resultados positivos e, sorridente, explica que apesar do forte crescimento, a empresa não teve qualquer dificuldade de tesouraria porque foi realizado um Planeamento rigoroso do crescimento das necessidades de fundo de maneio, o que possibilitou uma negociação antecipada dos prazos de pagamento com Clientes e Fornecedores, uma melhoria na Gestão de stocks e a contratação de financiamentos de curto prazo com taxas de juro que não comprometeram a rentabilidade da empresa.
Nos ciclos económicos negativos, como aquele que se prevê para o próximo ano, o Orçamento de Tesouraria é ainda mais importante porque, apesar de poder haver um alivio inicial nas necessidades de fundo de maneio, o efeito negativo da diminuição das receitas poderá ter um impacto superior no Cash Flow gerado. Nestes casos, é fundamental planear a tesouraria para garantir que são feitos os ajustes necessários para que a Empresa possa manter a liquidez necessária à manutenção da actividade.
Se não tem um Processo de Gestão de Tesouraria implementado, podemos ajuda-lo! Contamos com vários anos de experiência à frente da Gestão Financeira de mais de uma dezena de Empresas, Nacionais e Internacionais.
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